sábado, 9 de dezembro de 2023

Perdidos

Você chegou de mansinho, 
ajeitando um cantinho ali no coração. 
Chegou sem prometer nada, 
Nem mesmo fazer morada,
Mas soube chamar a atenção. 
E ali como quem não quer nada, 
Faz tudo acabar em risada,
E meu coração dizer que Não.
Fez meus ouvidos ficarem atentos, 
E os olhos a todo momento, procurar sua condução. 
Mesmo quando sei que está longe, meu coração sempre se esconde tentando te achar. 
Sei que não podemos dar nome, mas no fundo sempre esperamos por aquele quase que não vamos ter. 
Os motivos são os mais diversos e se for analizar eles estão todos certos, mas escolhemos todos os dias errar. 
O que posso fazer se a energia é gostosa, se a risada é autêntica e a loucura combina. 
Uma guerra será travada, será uma guerra sem armas, e que ganhar é o mesmo que perder. 
Esse quase que nos mata, 
Saber que a metade que falta faria tudo mais divertido.
Ou será que a diversão é justamente o não poder para todas as coisas que queríamos ter. 
Queríamos? Esse é outro quase que teremos, quando não podemos dar nome, nunca saberemos se a balança está equilibrada e se os dois lados estão alinhados. 
Do lado de cá eu deixo fluir, mas sem nunca transmitir todo o conflito que acontece, paixão, ciúmes, loucura, são palavras que flutuam sem nunca se deixar prender. 
Seguimos assim o fluxo de coisas sem nome mas com muito significado e que a cada minuto passado pode se transformar ou nos destruir